1 de outubro de 2012

cenários contraditórios



Ontem senti que a minha vida foi, de certo modo, contraditória.
Apesar de estar acompanhada por esplêndido por-do-sol e, seguidamente, de um luar que me iluminou todo o caminho de regresso a casa ... o meu interior estava fragmentado. Senti-me sem vivacidade, apagada como se um vazio se apoderasse de mim. A isso, chamei-lhe de "falta de paixão", a rotina, a monotonia apoderou-se mais uma vez de mim e sugou-me tudo o que tinha de bom. Falta-me adrenalina, falta-me mudar, falta-me colorir os meus dias mas para isso falta o mais importante que, contudo, ontem não bateu à minha porta: a alegria de se ser amado! A alegria de sentir que o outro que viver um momento diferente connosco, a alegria de observarmos o infinito, a alegria que ele me transmite, a alegria que não tive mas que adorava ter tido ...
Ontem senti que a chama da minha paixão se tinha apagado num cenário magnifico da natureza que nos faz apaixonar e pedir por mais ...


P.S: obrigada por todos os vossos comentários durante estes meses, foram eles que me incentivaram a voltar a escrever! obrigada também por seguirem 

15 de fevereiro de 2012

rótulos na adolescência

Indigna-me os rótulos que os adolescentes colocam nos outros. Indigna-me só se preocuparem com as roupinhas de marca para parecerem senhores das ruas, populares nos cafés mais frequentados, donos do liceu como se ainda houvessem reis, como se assumisse uma hierarquia em que aqueles que vestem pepe jeans e roupas clichés fossem superiores aos que vestem qualquer trapinho e que se aceitam assim, sem merdas, sem "caganices", sem " oh pa mim que sou conhecido(a)". Estamos inseridos numa sociedade de consumismo, consumismo este que apenas se vive na aparência, pelo bonito e não pelo sincero, não pelo simples, não pelo genuíno. Estamos numa sociedade, onde os adolescentes que se vestem de maneira mais rasca, nunca serão considerados gente ...

4 de fevereiro de 2012

frio avassalador


Este frio avassalador têm-me arrefecido o corpo, queimado os lábios e têm-me congelado as emoções quentes que costumava transmitir aos outros. Metaforicamente ou não, a verdade é que no momento em que as temperaturas geladas chegaram, os meus problemas surgiram. Um poderoso nervosismo apoderou-se da minha cabeça, da minha consciência e fez-me perder a felicidade e alegria que continha.
Trabalhos e mais trabalhos foram aparecendo e a minha cabeça foi ficando cheia, cheia, cheia até ao ponto de rebentar. Expulsei todas as más vibrações (finalmente) após uma semana intensa e stressada. Agora vou respirar fundo, recompor-me, sorrir e abraçar todos aqueles que acarretaram com esta minha semana de terror ...

22 de janeiro de 2012

liberdade


Sermos livres é sermos autênticos e sermos nós próprios, de forma responsável e respeitadora no meio da nossa teia relacional. Somos livres quando não fugimos dos problemas, acreditamos que a nossa vida vale a pena, somos capazes de recomeçar sempre e percebemos que a liberdade é a liberdade de ser e que a devemos buscar no nosso quotidiano.
Porém, não somos livres de culpar o outro apenas porque a vida nos corre mal. Julgarmos o outro pelas nossas más ações. Acho isso repugnante! Como cidadãos responsáveis, devemos deliberar antes de apontarmos o dedo ao próximo pois o próximo, quando inocente, sente-se traído e aí ... não há perdão que apague uma decisão mal tomada!