9 de outubro de 2011

ainda há gente que sabe amar



" O mundo das máquinas e da pressa gera o individualismo. A maioria preocupa-se exclusivamente consigo e nem quer saber de abrir o coração a alguém. Concordo que não é fácil descobrir um verdadeiro amigo. Mas daí ao exagero de te fechares totalmente em ti, não parece o mais acertado.
O individualismo gera a solidão, e esta é, muitas vezes, mãe de desânimo e de descrença. Torno-me um espírito fechado, cheio de reservas e desconfianças. Rejeito, de antemão, o amor que alguém gratuitamente me possa oferecer.
Nem todos, porém, são aproveitadores.
Nem todos têm «segundas intenções».
Ainda há gente que sabe amar.
Gente que está disposta a partilhar a sua vida com os outros.
Gente que coloca a pessoa acima dos negócios e dos números "

Carlos Schmitt

5 de outubro de 2011

quero-te outono



Onde estás Outono? Onde? Vem, vem depressa e diz ao Verão para se ir embora que não suporto mais este calor fora de estação. Estou asfixiada de tanto calor, de tanto suor, de tantos trajes velhos. Velhos de uma utilização repetida e igual.
Vem, outono, vem ...
Quero a tua brisa, quero as manhãs frescas que me avermelham o nariz, quero os casacos de malha confortáveis, quero estar em jardins onde avisto folhas castanhas dançado pelo ar, quero beber um café enquanto olho o mar e vejo o teu por do sol, o mais belo de todos. Quero mesmo que venhas. O Verão aborreceu-me, fiquei farta dele. Vem e abraça-me, eu quero-te outono ...